Este blog tem o intuito de revelar toda a verdade do caso em que Chong Jin Jeon foi preso sob falsas acusações de fraude cometidos pela ASIA Motors.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Projeto da Kia no Brasil vai parar na justiça com disputa bilionária

Supremo Tribunal Federal decide extraditar coreano envolvido no primeiro projeto de fábrica do grupo no País

A fábrica da Hyundai foi inaugurada na semana passada em Anápolis, em Goiás, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente mundial da Hyundai Motor Company, Choy Jae Kook. Enquanto a inauguração era feita com toda pompa e circunstância, o Supremo Tribunal Federal (STF) avaliava, discretamente, uma denúncia envolvendo a tentativa anterior de o grupo coreano se instalar no País. A disputa envolve um dívida que pode ultrapassar R$ 1 bilhão com o governo brasileiro e denúncias de fraude. Na segunda-feira, o Supremo decidiu extraditar para a Coréia do Sul um dos executivos envolvidos no processo.

A nova fábrica foi construída pelo empresário brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono do grupo Caoa e importador de veículos da Hyundai. Ele investiu sozinho R$ 400 milhões no projeto. A empresa coreana fornece a tecnologia de produção e de montagem e as peças para os veículos. Na fachada da fábrica aparece o nome Hyundai, que também estará no logotipo dos veículos.

A Hyundai é dona da Kia Motors, que era dona da antiga marca Asia Motors. No Brasil, a Asia Motors havia se comprometido a construir uma fábrica na Bahia, nos anos 90. Com a promessa, a montadora conseguiu abatimento de impostos de importação de veículos. Como a fábrica não saiu do papel, o governo está cobrando da empresa o pagamento dos impostos que deveriam ter sido recolhidos na época.

MULTA

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, o valor original da multa é de US$ 217 milhões. Advogados que acompanham o caso dizem que, em setembro de 2003, o valor inscrito na dívida ativa da União, convertido em reais, já estava em R$ 858 milhões. Hoje, corrigida, a dívida passaria de R$ 1 bilhão. A cobrança é responsabilidade da Receita Federal, que notificou a empresa e seu sócio brasileiro, Washington Armênio Lopes, na época presidente da Asia Motors do Brasil.

Lopes e Chong Jin Jeon (coreano que vive no Brasil) eram importadores de veículos da Asia Motors desde 1993. Em 1997, já inscrito no Regime Automotivo, fizeram parceria com a Asia Motors da Coréia para a construção da fábrica. A empresa coreana passou a deter mais da metade das ações e eles ficaram com 49%.

A Hyundai comprou a Kia em 1998. No ano seguinte, a construção da fábrica brasileira foi abortada, depois de uma festa de instalação da pedra fundamental com as presenças do então presidente Fernando Henrique Cardoso e do governador da Bahia, Antonio Carlos Magalhães. Cerca de 70 mil modelos Hyundai foram importados, a maioria das vans Towner e Topic. Boa parte entrou no País com desconto de 50% de impostos, conforme previa o Regime Automotivo, e gerou a dívida que agora ninguém assume.

Em 2001, dirigentes da Hyundai e o presidente da Coréia, Kim Dae Jung, pediram o perdão da dívida a FHC, que visitava Seul. Em troca, prometiam retomar as sobras da fábrica, mas não foram atendidos.

BATALHA JUDICIAL

A cobrança pelos impostos atrasados envolve uma disputa entre a Kia e seus antigos sócios no Brasil. Ninguém quer assumir as dívidas com o governo. Os ex-sócios acusam a Kia de ter inverstido menos que o prometido no Brasil, o que teria inviabilizado o projeto da fábrica. A Kia acusa os ex-sócios de fazer um aumento de capital fraudulento, em 1998, para forçar a montadora coreana a colocar mais dinheiro na empresa.

Além do processo pelo aumento de capital, a Kia cobra US$ 80 milhões em veículos importados que não teriam sido pagos. Segundo o advogado Fabiano Robalinho, do Escritório de Advocacia Sergio Bermudes, responsável pelo caso, a Kia ganhou a ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas os ex-sócios recorreram.

Já o sócio brasileiro, Washington Lopes, informou que o aumento de capital teve autorização da Justiça, dos executivos coreanos e do Banco Central. Ele disse que também move ações contra a Kia, pedindo a integralização do capital que não teria sido cumprido pela montadora, de quase US$ 200 milhões. "A falta desse capital impediu a construção da fábrica", disse. No processo, ele também acusa a montadora de abuso de poder econômico.

O sócio Jeon foi preso no fim de 1998 na Coréia, quando visitava o país. Ficou detido por um ano e meio (19 meses). Foi julgado e condenado a dez anos por ações fraudulentas que teria praticado na Asia brasileira. Conseguiu um habeas corpus e fugiu para o Brasil. Em julho passado, foi preso pela Polícia Federal de São Paulo. Na segunda-feira, atendendo pedido do governo da Coréia do Sul, o STF decidiu por sua extradição. Nos próximos dias, ele vai apelar pela reversão da decisão.



NOVA CHANCE - O presidente Lula durante inauguração da fábrica da Hyundai: primeira tentativa da empresa de se instalar no Brasil fracassou

ENTENDA O CASO

PROJETO: A Asia Motors, então subsidiária da Kia Motors, anunciou na década de 90 que construiria uma fábrica na Bahia. A Asia Motors teria 51% da fábrica. Os 49% restantes seriam do brasileiro Washington Armênio Lopes e do coreano Chong Jin Jeon, que vive no Brasil.

FRACASSO: Em 1998, a Hyundai comprou a Kia Motors. No ano seguinte, a construção da fábrica brasileira foi abortada.

DÍVIDA: No rastro da construção da fábrica, foram importados para o Brasil cerca de 70 mil modelos Hyundai, parte deles com desconte de 50% nos impostos, como previa o regime automotivo. Como a fábrica não foi construída, o governo passou a exigir que o desconto fosse devolvido.

COBRANÇA: Segundo o governo, o valor original da multa é US$ 217 milhões. em 2003, segundo advogados que acompanham o caso, teria chegado a RS$ 858 milhões. Hoje, a estimativa é que ultrapasse R$1 bilhão.


Fonte: O ESTADO DE S.P. / NEGÓCIOS / 27.04.2007

Sócio da Asia Motors do Brasil é preso na Coréia

ASSESSORIA DA EMPRESA ALEGA HAVER UM ENGANO
Executivo é acusado de um desfalque de US$ 180 milhões na matriz da companhia


O executivo da Asia Motors do Brasil, Chong Jing Jon, sócio da fábrica que está sendo construída na Bahia, foi preso na Coréia sob acusação de ter dado um desfalque de US$ 180 milhões na matriz. O anúncio da prisão foi feito na quarta-feira por promotores da Justiça de Seul. A direção da empresa no País informou ontem não ter conhecimento de nenhum ato ilícito que possa ser atribuído a seu sócio, que no País adota o nome de Stoney Jeon.

Com o empresário brasileiro Washington Armênio Lopes, Jeon é dono de 49% das ações da Asia Motors do Brasil (AMB). Os outros 51% pertencem à matriz coreana, que fazia parte do grupo Kia Motors, que está em processo de concordata. Ambas foram adquiridas recentemente pela também coreana Hyundai.

De acordo com a assessoria de imprensa da Asia Motors do Brasil, o executivo Jeon, que mora em São Paulo há vários anos, estava na Coréia para negociar a compra de veículos da marca e acertar novas associações. Ele foi preso no fim de dezembro, mas somente na quarta-feira a Promotoria local formalizou a detenção. Na próxima semana, seu advogado virá ao País para juntar documentos que provem sua inocência. Outros dez executivos da montadora na Coréia também estão sendo investigados pelo desfalque.

A assessoria da empresa informou que o valor que a Justiça coreana alega ter sido desviado por Jeon, referente à comercialização de cerca de 20 mil vans Towner e Topic, foi convertido em capital para a construção da fábrica em Camaçari (BA), com aprovação da matriz. A dívida seria paga no prazo de dois anos, sendo que parte dela deve vencer em breve.

Ainda segundo a assessoria, as obras da fábrica estão em andamento, com previsão de início das operações no fim deste ano. O próprio presidente Fernando Henrique Cardoso participou da cerimônia de lançamento da pedra fundamental.

A empresa recebeu incentivos fiscais para sua instalação e participava do regime automotivo, que lhe dava direito a importar veículos pagando metade do imposto de importação. Como o cronograma de construção da fábrica não foi cumprido, no início de 98 o governo suspendeu o benefício, que já acumulava um crédito de US$ 140 milhões.


Fonte: O ESTADO / ECONOMIA / 08.01.1999 / SÃO PAULO

Lula evita reunião com Hyundai

Empresa tem dívida de R$ 1 bilhão com o governo

BRASÍLIA

O Palácio do Planalto teve o cuidado de negar, na semana passada, pedido de audiência do presidente mundial do grupo coreano Hyundai, Chung Mong-Koo, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A cautela impediu que Lula recebesse um insólito pedido de perdão da dívida de cerca de R$ 1 bilhão da empresa com a Receita Federal. A Kia Motors Corp., comprada pela Hyundai em 1998, foi beneficiada por um pacote de incentivos para a atração de investimentos. Não construiu a fábrica prometida e deixou em descoberto uma conta que, até hoje, o governo não tem de quem cobrar.

Sem pisar no Palácio do Planalto, o executivo aproveitou para expor ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e ao senador Romero Jucá (PMDB-RR) os planos da companhia de investir U$ 1 bilhão em uma nova fábrica no Brasil. Fontes do governo viram no movimento uma tentativa do empresário coreano de convencer parlamentares a aprovar uma lei de perdão à dívida - iniciativa que só o Congresso pode adotar. Em abril, executivos da montadora coreana participaram da inauguração da fábrica da Hyundai em Anápolis (GO), ao lado de Lula. O investimento nessa fábrica foi feito pelo Grupo Caoa, de capital nacional.

O imbróglio começou em 1996, quando o governo Fernando Henrique Cardoso adotou pacote de incentivos para empreendimentos no Nordeste e Centro-Oeste. A Asia Motors, pertence à Kia, se inscreveu no programa e prometeu construir uma fábrica na Bahia. Passou a usufruir de isenção de imposto de importação de veículos da matriz e outros benefícios fiscais. Em 1999, desistiu do projeto. Nas contas do governo, foram importados 70 mil veículos.

Como não cumpriu a contrapartida, a Asia estaria sujeita à cobrança dos impostos de multa, cujo valor original era de US$ 217 milhões. Hoje, seria de R$ 1 bilhão. O governo acabou sem ter de quem cobrar a dívida. O caso dividiu-se em várias batalhas judiciais - da Receita contra os sócios da Asia Motors do Brasil, o brasileiro Washington Armênio Lopes e o coreano Chong Jin Jeon; dos sócios contra a Kia e vice-versa.


Fonte: O ESTADO DE SÃO PAULO / NEGÓCIOS / 16.05.2007 / BRASÍLIA

BANCOS COREANOS SOCORREM A KIA (KIA MOTORS COMPANY)

Conglomerado sul- coreano, que inclui a Asia Motors, deve US$ 10,7 bilhões a credores

SITUAÇÃO NO BRASIL MANTÉM-SE NORMAL
Vista aérea do complexo industrial da Kia, na Coréia do Sul: credores querem evitar a falência


Um consórcio de bancos coreanos liderado pelo Korea First Bank anunciou ontem uma operação financeira para evitar que a Kia - oitavo maior conglomerado da Coréia do Sul - entrasse em processo de falência. O grupo formado por 38 empresas, incluindo a Asia Motors, deve cerca de US$ 10,7 bilhões a credores, a maioria formada pelos próprios bancos que decidiram socorrer a empresa. A decisão não deve afetar os investimentos da Kia e da Asia no Brasil.

Responsáveis pelas duas montadoras informaram ontem ao Estadoque "vão manter os cronogramas de inaugurações de suas fábricas". A assessoria de imprensa da Asia Motors do Brasil confirmou que a inauguração da fábrica da Bahia vai ocorrer em outubro de 1999. A capacidade inicial de produção será de 60 mil vans Topic e Towner por ano. O investimento total é de US$ 500 milhões, sendo que metade será bancado pela Asia coreana e o restante por dois empresários brasileiros, Roberto Uchoa e Washing ton Armênio Lopes, e o coreano Stoney Jon. Segundo a empresa no Brasil, nos dois casos os investimentos serão obtidos com instituições financeiras. A Asia ficará com 51% das ações e os empresários com 49%.

O grupo paulista Gandini, que pretende construir uma fábrica dos caminhões Kia Bongo em Itu (SP), informou que o investimento de US$ 50 milhões virá de recursos próprios. O presidente da empresa, José Luiz Gandini, disse que serão produzidos 10 mil veículos por ano. O início das operações está previsto para julho de 1999, mas pode ser antecipado. Ele ressaltou que a filial coreana enfrenta problemas desde 1992 e que a decisão dos bancos locais, neste momento, visa solucioná-los.

Efeito dominó - Na Coréia, o consórcio criado para resgatar o grupo Kia até que a empresa consiga saldar suas dívidas vai se reunir no dia 30 para definir as medidas a serem adotadas. O Korea First Bank escolheu 18 das 38 empresas que formam o conglomerado para receberem ajuda. O plano deve ser executado no prazo de dois meses. É possível que, no futuro, o próprio governo participe da ação. O objetivo é evitar o chamado "efeito dominó", já que em janeiro uma das maiores corporações locais, a Hanbo Steel, foi à falência.

Das ações do grupo, 44,5% estão na bolsa de valores e com funcionários, 36,6% são da própria Kia, 16,9% da Ford e 2% da Itochu. A intenção do consórcio é recuperar as finanças da empresa e não está descartada a venda de participações. Um dos grupos interessados é a Samsung, que vem tentando entrar no mercado automobilístico.


Fonte: O ESTADO / ECONOMIA / 16.07.1997 / BRASIL

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Ex-presidente da Samsung é condenado por sonegação, mas não será preso


"Chong Jin Jeon foi condenado a 10 anos de prisão sob falsas acusações de fraude, enquanto presidentes de grandes empresas sul-coreanas (verdadeiros criminosos) cometem crimes, e são substituídos por serviços comunitários e multas. (é brincadeira?)"


da Efe, em Seul

O empresário sul-coreano Lee Kun-hee, que durante 20 anos presidiu a maior empresa do país, a Samsung, foi condenado por sonegação fiscal, mas não será preso como ocorreu com outros grandes empresários do país ligados a supostos casos de corrupção.

O Tribunal Central do Distrito de Seul sentenciou Lee a três anos de prisão por sonegação fiscal, com suspensão de pena, e a pagar uma multa de US$ 109 milhões. O empresário renunciou a seu posto em abril, pouco após ser processado.

Lee Kun-hee foi declarado culpado de sonegar US$ 45 milhões que deveria pagar de impostos pelos US$ 4,6 bilhões que tinha escondido em contas bancárias em nome de outros executivos, mas não deverá ser preso.

"A sonegação fiscal significa burlar as obrigações de pagar impostos ao Estado e é um ato que prejudica a confiança do povo", afirmou o juiz, que condenou o empresário a três anos de prisão, mas com suspensão de pena.

Além disso, o empresário foi absolvido da acusação de prevaricação após sua tentativa de transferir o controle da empresa a seu filho, Lee Jae-yong, o que originou todo o escândalo.
O caso envolveu a Samsung, que com mais de 250 mil funcionários é responsável por mais de 20% das exportações da Coréia do Sul, na maior crise de seus 70 anos de história.

O responsável em grande parte pela ascensão da corporação --que inclui companhias de ponta como a Samsung Electronics e o estaleiro Samsung Heavy Industries-- foi Lee Kun-hee, 66, que assumiu o mandato da empresa em 1987 e que a transformou no maior conglomerado sul-coreano.

Após décadas evitando os escândalos, a queda do empresário veio em abril passado, quando, após ter sido acusado oficialmente de corrupção, evasão de impostos e prevaricação, renunciou a seu cargo de presidente.

Hoje Lee foi condenado, mas se livrou dos sete anos de prisão pedidos pela promotoria e de uma multa de US$ 350 milhões.

Este não é o único caso de um magnata sul-coreano que escapou de ser preso, apesar de ter recebido fortes sentenças associadas a supostos casos de corrupção em um país no qual o poder econômico está intimamente ligado ao político.

Em um caso semelhante, um tribunal de apelação também suspendeu no ano passado a prisão do presidente da Hyundai Motor, Chung Mong-koo, por um caso de desvio de dinheiro, ao considerar sua contribuição à economia do país.

Chung, 69, realiza apenas trabalhos comunitários apesar de ter sido condenado a três anos de prisão por desviar dinheiro ilegalmente para subornar funcionários e transferir ações de forma fraudulenta para garantir o controle da empresa.

Outro incidente semelhante aconteceu em 2006 com Park Young-sung, presidente do conglomerado Doosan, uma das 20 maiores empresas da Coréia do Sul.

Acusado de desvio de dinheiro e de fraude contábil, Park foi condenado a três anos de prisão que não teve que cumprir, pois a sentença incluía a suspensão de pena.

Além disso, Park era presidente da Federação Internacional de Judô, por isto o COI (Comitê Olímpico Internacional) o condenou a cinco anos de suspensão por violar os princípios éticos da entidade.

Também em 2007, outro grande empresário, Kim Seung-youn --presidente do grupo sul-coreano Hanwha, o nono maior do país--, escapou de ser preso graças a uma sentença de apelação que o condenou a algumas horas de serviços sociais.

Kim foi condenado por agredir, diante de um grupo de mafiosos, vários garçons em represália pela surra sofrida por seu filho em um bar.


Fonte: FolhaOnline


Fonte: BandNews

terça-feira, 22 de julho de 2008

HISTÓRICO DE CHONG JIN JEON (PARTE 2)


CHONG JIN JEON

° Acusações absurdas:
- Primeira Acusação: Estelionato (Não pagamento de D/As)
________# É detido por alguns dias e depois o juiz de plantão julga que não há nenhum problema e o solta.

____
* INOCENTE

- Segunda acusação: FUNDAP (um órgão que existe só no Brasil)
________# É preso no dia 12 de dezembro de 1998 por FUNDAP

____
* Preso por FUNDAP na Coréia
____* INOCENTE

- Terceira Acusação: Aumento de Capital (Fradue)

____
* Depois de 6 meses preso por FUNDAP e inocentado, é acusado pelo aumento de capital que foi feito em território brasileiro.

____
* Tinha 6 pessoas na A.C. (Administração Comitê) aonde foi decido e assinado o aumento de capital. Nenhuma das outras 5 pessoas que assinaram o documento foram questionados, só o Chong.

____
* Porque só ele tem que ser preso e levar toda a culpa se tem outros responsáveis na decisão do aumento de capital?? Como o presidente da empresa e os membros da A.C. (todos os coreanos e mandados pela própria Asia Motors da Coréia).

- A Hyundai-Kia (dono da Asia Motors Corporation da Coréia) o acusou dizendo
que a Asia Motors do Brasil era uma empresa sem fundos e dinheiro, quando na realidade era uma das maiores importadoras no Brasil.

° Foi inocentado na primeira instância sobre estelionato e recebeu 7 anos de prisão sobre a acusação de aumento de capital que ocorreu em território brasileiro e não na Coréia. Não estava presente durante o julgamento da segunda e terceira (Suprema Corte) instância (estava no Brasil e mesmo assim julgaram o caso) e culparam-no sobre o estelionato, acrescentando a pena para 10 anos.

° Prisão na Coréia
- Esteve preso na custódia em uma pequena cela com mais 8 pessoas.
Aonde não tinha cama e só podiam deitar no chão, isso é se conseguissem um espaço.
____* Foi detido no dia 12 de dezembro de 1998 e ficou preso na custódia de Seul. Esteve preso neste lugar, nestas condições por 1 ano e 7 meses. O tempo máximo que um preso pode ficar detido sob custódia é de 6 meses.

____* As pessoas da mesma cela dele eram todos criminosos de alto perfil, como assassinos ou molestes. E nenhum caso de crime empresarial, que seria o caso do Chong. Trataram-no como se ele tivesse assassinado alguém.

____* Teve que fazer uma urgente cirurgia na coluna (disco) enquanto estava preso. Depois de uma semana da cirurgia, com a pressão da Hyundai-Kia, foi colocado na mesma cela aonde sofreu muito mais pois não teve tempo suficiente para recuperação após a cirurgia.

° Finalmente foi solto depois de negociar com a Hyundai e pagou US$ 10 milhões para a Hyundai e foi solto sob fiança no dia 13 de Junho de 2000.

° Negociação com a Hyundai
- Depois de ser solto sob fiança tentou negociar e resolver com a Hyundai-Kia mas eles não estavam dispostos a resolver e só exigiam mais dinheiro (inexistente) e faziam ameaças de colocá-lo de volta sob custódia.

- Chong tentava convencê-los para ir ao Brasil para mostrar a eles que a empresa Asia Motors do Brasil existia e que era uma das maiores empresas do Brasil. E que também a fábrica iria ser construída, não era uma mentira. Mas eles não queriam ir ao Brasil e não liberaram a saída de Chong também.

- Chong tentou negociar com a Huindai-Kia por um ano, mas eles não queriam saber. Uma das propostas que eles fizeram era de colocar toda a culpa no seu sócio e presidente da AMB e nunca mais voltar para o Brasil. Chong viu que não tinha mais como resolver na Coréia. Então decidiu voltar para o Brasil para poder resolver todos os seus problemas/acusações da Coréia e para provar sua inocência, limpar o seu nome sujo e ter de volta a sua honra.

° O retorno ao Brasil não foi como ele esperava. Ele estava com a identidade de um fugitivo, então não pode aparecer ou agir em liberdade. Ficou morando fora de casa e não mais com sua família desde 2002, como fugitivo e só podia ver a família talvez uma vez por semana, sempre preocupado em ser pego. E nem pode ir aos eventos escolares de suas filhas como formaturas e jogos esportivos.

° A Coréia assinou o decreto de extradição com o Brasil em 2002 e logo depois colocou o pedido de extradição do Chong em 2003.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

HISTÓRICO DE CHONG JIN JEON (PARTE 1)

1964 Janeiro
- Nascimento de Chong Jin Jeon (CJJ)

1976 Novembro
- Imigração da família Jeon da Coréia para o Brasil
- CJJ tinha 12 anos na época
- CJJ teve mais facilidade com a língua Portuguesa em comparação com os outros membros da família
- CJJ conseguiu aprender a língua com facilidade e procurou empregos como costureiro.
- A família de CJJ começou a confeccionar roupas e costurar

1979
- Começou a vender suas peças de roupas de porta-a-porta. Dava amostras grátis para os clientes provarem, e assim começou a fornecer roupas para as lojas de confecções.

1983 Novembro
- Conheceu Jin Sook Lee fornecendo roupas na loja dos pais dela.

1984 Julho
- Casamento com Jin Sook Lee no Brasil
- Começou a trabalhar com a família da esposa

1985 Fevereiro
- Abriu uma loja de roupas na Rua Silva Pinto (Bom Retiro)
- Começou a fazer negociações com os sindicatos do comércio de grandes fábricas de carros como a GM, Volkswagen, Ford;
- Providenciou mesas de sinucas e outros acessórios gratuitamente nas salas de estar dos operários das fábricas para conseguir um canto aonde podia pôr o seu cartaz e uma mesa para dispor suas roupas em display.
- Com este pequeno espaço começou a vender suas roupas para os funcionários das fábricas e pagava 10% do seu lucro para o síndico da fábrica por deixar fazer seus negócios no local e vender para os funcionários. E assim começou a vender roupas aos poucos.

1985 Novembro
- Nasceu a primeira filha, Jeniffer Jeon, em São Paulo

1987 Janeiro

- Nasceu a segunda filha, Suely Jeon, em São Paulo

1988~1990

- Até o ano 1990 conseguiu abrir aproximadamente 10 lojas

1989 Março

- Nasceu a terceira filha, Bonnie Jeon, em São Paulo

1990

- A família de CJJ (pais, irmãos, e irmãs) imigram do Brasil para os Estados Unidos. Tentam convencer CJJ, mas ele se recusa a ir por que ele teve um estudo no Brasil, consegue falar a língua Portuguesa melhor do que o Inglês, e gostava mais do Brasil do que dos Estados Unidos. Foi o único que ficou no Brasil.

1993 Julho

- Junto com o Washington Armênio Lopes (WAL) e Roberto Uchôa Neto (RUN) estabeleceu a importadora de carros, Asia Motors do Brasil (AMB)
- Antes de trabalhar com o WAL e o RUN, trabalhava na parte de comércio da Kia Motors do Brasil
- Com o WAL e o RUN começou a importar carros da Asia Motors Corporation (AMC) para o Brasil

1995 Julho
- A família inteira (Beth, Jeniffer, Suely, e Bonnie) de CJJ muda-se para Seul, Coréia do Sul, e reside lá até Julho de 2001 (6 anos morando na Coréia)

(Como que o CJJ manda a família inteira para um país aonde ele supostamente daria um golpe?)

1996 Novembro

- Conclusão do “Mutual Agreement”
- Em Março de 1995, o imposto de importação no Brasil aumentou de 20% para 70%. As companhias que importavam não podiam depender mais da importação por que só teria prejuízo. Por isso, depois de inúmeras discussões e entendimentos a AMC e a AMB decidiram em fazer um Joint Venture e abrir sua própria fábrica no território brasileiro, criando a nova AMB.

1997 Junho
- No dia 24 de Junho foi a conclusão do Joint Venture Agreement
- Seu título na AMB era de vice-presidente, mas como ele não tinha conhecimento e estudo na parte financeira e administrativa, e com o Joint Venture, a própria AMC (sócio majoritário) transferiu ele para o cargo de Conselheiro da companhia e trabalhava só na área comercial. Assim ele não tinha mais conhecimento em detalhes do que acontecia na parte administrativa.

1997 Julho
- No dia 15 de Julho a Kia Motors Corporation (Coréia) e a Asia Motors Corporation foram a falência e entraram em concordata.

1997 Agosto
- Ground Break Ceremony no dia 8 de Agosto. Foi uma grande cerimônia em Camaçari, Bahia com a presença do Presidente da República (FHC), governador e deputado do estado da Bahia. Também presentes estavam o presidente da AMC, embaixador da Coréia, e outros membros da companhia.
- Na época, circulou muitas reportagens sobre a cerimônia em jornais e canais de televisão. Questões sobre a construção da fábrica, o por que a empresa AMC estava falida na Coréia.

1998 Junho
- Começa a importação do carro Galloper da Hyundai Motors; 2500 carros. O CJJ era o responsável pela importação dos carros. Era ele que estava cuidando de todas as providências, levando dealers brasileiros para a Coréia para conhecerem os carros.
- Como a AMC tinha falido e estava passando pela corte e governo Coreano, eles pararam de fornecer carros ao Brasil. A AMB (Brazilian Shareholders) estavam sendo pressionados pelos Dealers do Brasil. Por isso entrou em contato diretamente com a Hyundai Motors e fizeram um contrato de 2500 Gallopers.
- Mas mesmo com o contrato e acordo feitos, a Hyundai parou de fornecer carros e peças dos carros desde Fevereiro de 1999, após a prisão de CJJ.

1998 Outubro
- Em 19 de Outubro, a Hyundai conseguiu um contrato em incumbir-se a Kia Motor Corporation (KMC) e a Asia Motor Corporation (AMC).

1998 Novembro
- Dia 12 de Novembro CJJ retorna para a Coréia para fazer acordo com a Hyundai, a nova dona da AMC, sobre a construção da fábrica no Brasil e o Joint Venture. A Hyundai não queria saber sobre a construção da fábrica, mas estavam ocupados em como receber o perdão da dívida da empresa (KMC/AMC).
- Dia 14 de Novembro, CJJ é detido pela polícia no elevador depois de sair de uma reunião com a Hyundai Motors. Ficou detido por alguns dias até ser julgado pelo juiz de plantão se deveria ser preso ou não. O promotor o mandou embora dizendo que não havia provas de crime sobre os não pagamentos dos D/As.

1998 Dezembro
- No dia 1º de Dezembro, a Hyundai Motors assumiu oficialmente a Kia Motor Corporation (KMC), incluindo a AMC.
- Em 9 de Dezembro CJJ se apresenta à polícia, para declarar sua inocência mas é detido novamente sobre a acusação do não pagamentos dos D/As. Depois de ser preso, a Hyundai começa a fazer negociações e propostas para o WAL.
- A Hyundai achou que com a prisão de CJJ, iria causar medo e desespero levando-o a admitir quaisquer alegações que fossem dadas, mesmo sendo falsas. Mas como CJJ é inocente não tinha razão para admitir e não entendia por que estavam alegando com tais crimes.

1999 Setembro
- CJJ sofria com sérios dores e problemas na coluna (cintura). Teve que passar por cirurgia de recolocação da coluna (titânio), e em menos de uma semana da cirurgia ele foi detido novamente pela pressão da Hyundai.

1999 Novembro
- No dia 5 de Novembro CJJ é condenado à 15 anos de prisão pela Promotoria Coreana. [Fraud at the specific economic crime; crime econômico específico]

1999 Dezembro
- No dia 9 de Dezembro, na Primeira Instância, CJJ é condenado à 7 anos de prisão sobre a acusação de aumento de capital e suborno. É importante notar que a acusação sobre o aumento de capital só foi alegado depois de 6 meses de sua detenção em novembro de 1998. Isto é, por que a alegação sobre o não pagamentos dos D/As, não foi o suficiente para a sua prisão, que acabou sendo inocentado.

1999~2000
- Desde a prisão do CJJ até o começo de 2000, a Hyundai continuava a negociar com o WAL, e ofereceu-lhe 30 milhões de dólares para desistir da participação na construção da fábrica e parar de ajudar a provar a inocência de CJJ.

2000 Junho
- Com a continuação das ameaças da Hyundai, chegaram a um acordo em pagar uma fiança a eles. E no dia 10 de Junho CJJ depositou 10 milhões de dólares sob fiança para a Hyundai com a ajuda de familiares e do WAL.
- No dia 13 de Junho, CJJ finalmente é solto sob fiança depois de um ano e sete meses preso.

2000 Junho ~ 2001 Setembro
– CJJ tentou negociar durante um ano com a Hyundai, mas só faziam ameaças e pediam mais dinheiro para o CJJ.
Sem saídas, CJJ pedia para a Hyundai acompanhá-lo ao Brasil aonde ele poderia dar todas as ações para a Hyundai. Mas a Hyundai só exigia as mesmas coisas e não queriam vir para o Brasil para resolver os problemas.
CJJ até chegou a assinar um documento descrevendo todos os seus bens, que entregaria tudo para a Hyundai, se eles só viessem para o Brasil para ele poder provar sua inocência.
CJJ sabia que nunca conseguiria nada na Coréia, pois as importantes testemunhas não estavam presentes durante o julgamento da primeira instância e só tinha falsas testemunhas, todos contra o CJJ.
Ele sabia que nunca iria ser julgado justamente ou achar justiça nas cortes Coreanas, pois a Hyundai é praticamente o dono do país.

2001 Setembro
- Não conseguindo nenhuma solução e não agüentando mais as ameaças da Hyundai, CJJ conseguiu voltar para o Brasil. É importante entender que ele não fugiu para se esconder, ele retornou para poder resolver e provar sua inocência. Mas não foi tão fácil quando voltou ao Brasil, pois a empresa AMB já estava falida enquanto estava detido na Coréia.

2001~2002
- A Hyundai procura o CJJ e o WAL, junto ao advogado Michael S. Goldberg, para negociar. Mas a Hyundai nega em limpar o nome e restaurar a honra do CJJ e só queriam levar mais vantagem dos acionistas brasileiros. O advogado Goldberg chegou a dizer ‘off the record’, é claro, que sabe que o CJJ é inocente, mas foi a Hyundai que o contratou.

2002 Janeiro
- No dia 26 de Janeiro faleceu a mãe de CJJ de câncer no fígado (também piorou mais por extremo estresse) em Los Angeles, tentando esclarecer e persistir a inocência de seu filho. Ele nem pôde comparecer no funeral de sua própria mãe por causa de sua identidade de fugitivo.

2002 Maio
- No dia 28 de Maio foi julgado pela segunda instância na corte coreana e foi condenado à 10 anos de prisão. Também foi culpado por empréstimo de renda (os pagamentos dos D/As), aonde foi julgado inocente na primeira instância.

2002 Outubro
- Pedido de extradição da Coréia para o Brasil de acordo com o Tratado de Extradição Brasil-Coréia.

2003 Setembro
– A Coréia pede a detenção e a extradição de CJJ.

2003~2006
- CJJ teve que sair de casa e assim começa a morar em lugares escondidos por causa de sua perseguição. Só podia ver a família de vez em quando, no máximo um jantar por semana se tiver sorte. E assim morou sozinho até ser detido

2006 Julho
- Dia 13 de Julho, CJJ é preso sob custódia da Polícia Federal.