Este blog tem o intuito de revelar toda a verdade do caso em que Chong Jin Jeon foi preso sob falsas acusações de fraude cometidos pela ASIA Motors.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Brasil será base de exportação da Hyundai para a América Latina

Grupo coreano anuncia hoje investimento inicial de US$ 600 milhões em fábrica em Piracicaba

A coreana Hyundai Motor Company assina hoje, em São Paulo, protocolo de intenções para a construção de uma fábrica em Piracicaba. Inicialmente o grupo, sexto maior fabricante de veículos do mundo, vai investir US$ 600 milhões para produzir 100 mil carros por ano, mas o projeto é bem mais ambicioso.

Dois anos após o início das operações, previsto para 2011, a empresa pretende montar uma unidade de motores e uma de transmissões para, mais adiante, triplicar a produção. O projeto completo está orçado em US$ 1,6 bilhão (quase R$ 3 bilhões).

O dinheiro virá de recursos próprios e de financiamentos que a montadora pretende buscar, em princípio, nas agências externas. “Será nossa entrada na América Latina, inicialmente para abastecer o mercado brasileiro, mas depois vamos exportar para outros países da região”, disse ontem ao Estado o vice-presidente da Hyundai Motor, In Seo Kim.

Além do investimento direto, um grupo de 20 fornecedores de autopeças coreanas estuda instalar unidades locais, o que resultaria em aportes extras de US$ 250 milhões a US$ 400 milhões. Cinco empresas já confirmaram unidades produtivas para fornecer painéis, peças de estamparia, ar-condicionado, pára-choques e bancos.

O protocolo será assinado hoje à tarde no Palácio dos Bandeirantes, com a presença do governador José Serra e do presidente de negócios internacionais, vendas domésticas e planejamento da Hyundai, Jae-Kook Choi. Em novembro, na cerimônia de instalação da pedra fundamental, devem participar o presidente da Coréia do Sul Lee Myung-Bak, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente mundial do grupo Hyundai, Chung Mong-Koo.

O modelo a ser fabricado em Piracicaba é um compacto qwue está sendo desenvolvido na Coréia especialmente para o mercado latino-americano. Kim só adiantou que haverá versões hatchaback e sedã do modelo, que terá motores 1.0 e 1.6 flex. Hoje, custariam a partir de R$ 25 mil. Para a produção de 100 mil veículos ao ano serão contratados 1,5 mil funcionários.

O Brasil será o sétimo país a abrigar uma fábrica do grupo, que tem unidades, além da Coréia, nos EUA, China, Índia, Turquia, República Checa e Rússia. “Em 2012, queremos atingir produção de 6 milhões de veículos ao ano, sendo 3 milhões na Coréia e 3 milhões nos demais países”, disse Kim.

Antes de escolher Piracicaba, os executivos da hyundai visitaram 35 locais em seis Estados (Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio e Bahia, além de São Paulo). “Recebemos várias ofertas de incentivos, mas São Paulo venceu principalmente por causa da infra-estrutura e do parque de fornecedores de pacas”, afirmou Kim.


Planos - Kim, vice-presidente da Hyundai disse que os investimentos podemo chegar a US$ 1,6 bi, para produzir 300 mil carros ao ano

Terreno

As obras de construção da fábrica começarão em julho de 2009. O terreno de 130 hectares, que hoje abriga uma plantação de cana, será doado pela Prefeitura, que vai adquiri-lo de particulares. O município também garantiu incentivos fiscais previstos na lei local.

Kim explicou que todas fábricas construídas pela Hyundai, com exceção da unidade da Turquia, têm capacidade para 300 mil veículos ao ano, volume que a companhia considera ideal para uma indústria automobilística ser eficiente.

Ele contou que, inicialmente, a idéia era começar com 150 mil unidades ao ano, das quais 100 mil para o mercado interno e o restante para exportação. “Depois resolvemos adiar o projeto de exportação em pelo menos dois anos para que, até lá, alcancemos 60% de índice de nacionalização, o que nos permitirá vender os carros no Mercosul”.

Inicialmente, entre 50% a 60% das peças serão importadas. Em cinco anos, a montadora pretende atingir 90% de índice de nacionalização.
O grupo CAOA, do empresário brasileiro Carlos Alberto de Oliveira Andrade, que já tem uma fábrica com a marca Hyundai em Anápolis (GO), seguirá com seus projetos de montagem do mini-caminhão HR e, no próximo ano, do utilitário Tucson.

“O grupo seguirá também como importador oficial da marca e sua rede de distribuidores poderá vender nossos carros, assim como a nossa rede venderá os dele”, disse o vice-presidente da Hyundai. Kim disse que a criação de uma rede própria de concessionários ainda está em negociação.

A Hyundai deve produzir este ano mais de 4 milhões de veículos no mundo e, junto com a coligada Kia, emprega 120 mil pessoas.


‘Não temos responsabilidade sobre essa dívida’
O anúncio da construção da fábrica da Hyundai ocorre sem que a Procuradoria-Geral da Fazenda tenha resolvido o problema de uma dívida deixada nos anos 90 pela Asia Motors do Brasil, empresa que, à época, tinha como acionista principal a Asia Motors da Coréia, que depois foi adquirida pela Kia Motors Corporation e, mais tarde pela Hyundai. A dívida beira R$ 1,6 bilhão.

“Só decidimos fazer o investimento depois de nos certificarmos de que a Hyundai não tem nenhuma responsabilidade sobre essa dívida”, disse In Seo Kim, vice-presidente da montadora.

“A Kia é uma empresa-irmã, mas não somos a mesma empresa.” Segundo ele, o assunto está nas mãos da Justiça brasileira. “Nossa companhia levou em consideração que o governo brasileir, a Justiça e o Legislativo são sérios e vão resolver o problema da melhor forma, mas temos certeza de nossa isenção. “ A Hyundai é assessorada pelo escritório Tozzini Freire, que acompanha o processo de instalação da fábrica.

A multa teve origem quando a Asia Motors do Brasil – que tinha 51% das ações nas mão da Asia da Coréia e 49% com dois sócios brasileiros e um coreano – inscreveu-se no Regime Automotivo e prometeu construir uma fábrica na Bahia. Com isso, importou mais de 70 mil carros com abatimento de impostos. Mas o projeto fracassou. A Asia foi incorporada à Kia, adquirida pela Hyundai em 1998. Hoje, o sócio coreano da Asia, Chong Jin Jeon, está preso na Polícia Federal, aguardando extradição pedida pelo governo da Coréia, que o acusa de ter praticado fraude. Ele alega inocência e pede para ficar no Brasil, onde tem esposa e 3 filhas.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Apelo às autoridades...

1º filha de Chong Jin Jeon, Jennifer, faz apelo às autoridades brasileiras
na internet, transmitido
no canal de televisão Band.